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Luto
Luto

Sabemos que não é nada fácil elaborar as vivências de perdas, sejam elas quais forem. Talvez seja uma das experiências mais difíceis. Geralmente é um processo longo, impondo ao indivíduo um trabalho doloroso. Vamos considerar que a natureza dos afetos acompanhados pelo luto se apresenta como um profundo sentimento, abatimento, perda de interesse pelo mundo externo, bem como ser incapaz e ter energia suficiente para escolher um novo objeto de amor. É recomendado segundo Freud (1920), que devemos compreender o luto como um processo de elaboração e com o passar do tempo, naturalmente seja superado. Porém, há casos em que a pessoa precisa de ajuda psicológica, com o objetivo de propiciar um adequado e especializado apoio, além de reforçar os vínculos e da rede de apoio da família e amigos para que a superação do luto seja mais esperada e menos “destrutiva”, evitando dessa forma, o luto patológico e suas possíveis consequências físicas e emocionais. É preciso colocar um ponto final, interromper algumas ligações, pois os desligamentos são importantes e necessários. Eles dão espaço a novas construções... Rubem Alves (1990) escreveu certa vez sobre o ser humano: “as pequenas despedidas apenas acordam em nós a consciência de que a vida é uma despedida”. Ter o conhecimento de nossa finitude, bem como da finitude de todas as coisas, nos enlaça àquilo que de fato nos interessa. Somos convidados a cada dia a rir ou chorar, a viver ou padecer, isso nos mostra o quanto somos vulneráveis à morte e nas palavras de Rubem Alves (1990), “ter a consciência desses momentos nos possibilitam usufruir da beleza única do momento que nunca mais será...”

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